sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Hiperplasia

O termo hiperplasia é usado quando se quer mencionar o aumento do número de células num órgão ou num tecido. A hiperplasia ocorre se a população celular for capaz de sintetizar DNA permitindo, assim, que ocorra a mitose. Devido ao envelhecimento as células vão perdendo a capacidade de sofrer mitose pois não podem mais duplicar seu DNA devido a falta de telômeros dentro do núcleo celular, pois essa substancia vai se perdendo a medida que a cèlula se multiplica durante toda a vida, por este motivo as pessoas idosas não possuem um corpo atlético, pois suas células já estão envelhecidas.

Neuplasia ( Características Diferenciais dos Tumores )

No organismo, verificam-se formas de crescimento celular controladas e não controladas. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos de crescimento controlado, enquanto que as neoplasias correspondem às formas de crescimento não controladas e são denominadas, na prática, de "tumores". A primeira dificuldade que se enfrenta no estudo das neoplasias é a sua definição, pois ela se baseia na morfologia e na biologia do processo tumoral. Com a evolução do conhecimento, modifica-se a definição. A mais aceita atualmente é: "Neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o hospedeiro"    Características Diferenciais dos Tumores
 
Critério Benigno Maligno
encapsulação freqüente ausente
crescimento lento  rápido

expansivo   infiltrativo

bem delimitado pouco delimitado
morfologia semelhante à origem diferente
mitose raras e típicas freqüentes eatípicas
antigenicidade ausente presente
metástase  não ocorre freqüente
                            

terça-feira, 16 de novembro de 2010

QUELÓIDE

É um caso especial de cicatriz. Podem ocorrer na cicatrização de qualquer lesão da pele e até mesmo espontaneamente. Geralmente crescem, e apesar de inofensivas, não contagiosas e indolores, as lesões podem se tornar um problema estético importante que pode encomodar muita gente. Há uma predisposição individual para o seu aparecimento, sendo mais comum em negros, que tem cinquenta vezes mais quelóides que as outras etnias, e mestiços.
São lesões fibroelásticas, avermelhadas, escuras, rosadas e as vezes brilhantes, com formato de corcova. Embora comumente estejam em locais de lesão prévia (acidental ou cirúrgica), os quelóides podem ocorrer espontaneamente. Podem ocorrer no local de um piercing, nas orelhas, sobrancelhas, tronco e outros locais. Também podem ocorrer em lesões da pele provocadas por doenças, como varicela (catapora) ou acne, assim como em lesões repetitivas por roupas, abrasões e infecções.


Tratamento
O tratamento do quelóide é muitas vezes difícil, sendo frequente o seu retorno. Formas de tratamento:
  • Cirurgia;
  • Pensos úmidos executados em gel de silicone ou folhas de silástico;
  • Corticóides injetáveis;
  • Ligaduras de compressão aplicadas no local durante vários meses;
  • Criocirurgia;
  • Radioterapia;
  • Terapia a laser;
  • Uso de drogas como interferon-alfa, 5-fluoruracil e bleomicina.

#EMBOLIA#

EMBOLÍA 

Êmbolo é qualquer estrutura estranha transportada pelas correntes sangüínea ou linfática que eventualmente seja retida por um vaso de calibre menor. 

#TROMBOSE#

TROMBOSE
Trombo (do gr. Thrómbos = massa coagulada) 
DEFINIÇÃO:  é a solidificação do  sangue na parede interior de um vaso ou do coração. Essa massa é contituida pelos elementos do sangue.
A trombose pode ocorrer em qualquer setor do sistema cardiovascular:
-veias
-Coração
-Artérias 
- Coágulo: é uma massa não estruturada do sangue fora dos vasos (ex: cavidade peritonial).
-> Trombose resulta de uma alteração patogênica no processo normal da coagulação sanguínea.
-> Pode ser causada por uma lesão endotelial, por uma alteração no fluxo sanguíneo e também por uma hipercoabilidade.
-> A hipercoabilidade: ↑ da coagulação, causado principalmente pelo ↑ do nº de trombócitos (plaquetas).
->a trombose pode ser ocasionada por alterações congênitas e adquiridas.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Fibro Edema Gelóide

O fibro edema gelóide, nome correto da "celulite" é um conjunto de transtornos que ocorrem no tecido conectivo cutâneo e subcutâneo, tem origem multifatorial manifestando-se na pele, originando a aparência comumente conhecida como "casca de laranja". Atualmente o fibro edema gelóide é a principal queixa e preocupação das mulheres em nível mundial, mas a grande maioria desconhece sua fisiopatologia. Histologicamente afirma-se que o fibro edema gelóide é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, sem origem inflamatória, seguida de polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva.

O coração envia sangue limpo através das artérias e ao longo de seu trajeto elas vão se estreitando até formar os capilares arteriais, cujas paredes são muito finas permitindo um contato íntimo entre o sangue e os tecidos. Por meio desses, o sangue leva para o organismo o oxigênio e os nutrientes. Já os capilares venosos têm a função de recolher os produtos descartados e conduzí-los até os órgãos encarregados de expulsá-los do circuito. É no líquido intersticial ou fundamental do tecido subcutâneo onde os capilares venosos e arteriais trocam seus componentes, oxigênio e nutrientes por resíduos e toxinas.

Como se forma o fibro edema gelóide:

Se ocorre um déficit de irrigação ou a quantidade de toxinas incorporadas é tão grande que supera a capacidade normal de eliminação dos capilares venosos, a precisão do sistema falha e esse desequilíbrio causa alteração do tecido. Os elementos contidos nos resíduos não podem ser corretamente eliminados e se acumulam na substância fundamental que fica mais densa. Os nutrientes continuam chegando às células, e estas seguem gerando gordura que se deposita no seu interior, produzindo assim um aumento dos adipócitos exercendo uma grande pressão no local. O oxigênio e os nutrientes começam a chegar com mais dificuldade. Os fibroblastos produzem fibrasK
de colágeno, elastina e mucopolissacarídeos defeituosos. A substância fundamental torna-se muito densa e espessa. Criam-se redes que no seu interior formam-se grupos de grandes adipócitos formando micronódulos que invadem a derme, causando a alteração do tecido como hipertrofia, alteração da permeabilidade capilar e endurecimento da rede de fibras pericapilares.


Atualmente o fibro edema gelóide não é considerado apenas uma deformação estética, e sim uma doença, devido ao fato de não estar ligado necessariamente à obesidade, mas a vários outros fatores incluindo uma alimentação inadequada, resultando no aumento da retenção de água, sódio e potássio, levando a compressão de veias e vasos linfáticos.

O Fibro Edema Gelóide possui quatro distintos estágios:

  1. Congestão: Caracteriza-se pela diminuição da microcirculação venosa e linfática, onde os vasos se dilatam e o sangue permanece alojado mais tempo que o habitual
  2. Infiltração: A estase venosa e a vasodilatação tornam a parede dos vasos venosos e linfáticos mais permeáveis, deixando sair um líquido rico em sódio e mucopolissacarídeos para o exterior
  3. Fibrosa: Devido à estase circulatória, ocorre uma transformação do líquido seroso em uma substância gelóide
  4. Esclerose: Proliferação da substância fibrosa na derme e hipoderme e organização de fibrilas túrgidas. Forma-se redes que englobam células adiposas, vasos venosos, linfáticos e nervos, dificultando as trocas nutricionais.


EDEMA

Tipos de edemas
Há quatro tipos de edemas: o citotóxico em que há passagem de líquido do espaço extracelular para o intracelular; o vasogénico com passagem do líquido da corrente sanguínea para o espaço extracelular; o intersticial com passagem do líquido encefalorraquidiano para o espaço extracelular e o hiperémico devido ao aumento do volume intracelular.
O edema citotóxico devido a uma alteração no metabolismo das células, provocando retenção de água e sódio. Pode surgir em situações de hipotermia severa (temperatura inferior a 34º), intoxicação com alguns medicamentos, no início de isquémia cerebral (zona do cérebro aonde o sangue não chega), enfarte do miocárdio e alguns tumores. É o menos frequente.
O edema vasogénico é uma consequência do aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos devido a ter havido uma ruptura nas células que formam a barreira hematoencefálica junto à lesão. As proteínas e líquido plasmático passam rapidamente para o espaço extracelular da substância branca. Pode surgir em traumatismos, enfartes, hematomas, em situações tardias de isquémia cerebral, tumores, inflamações e encefalopatia hipertensiva. É o mais frequente.
A eliminação do excesso de líquidos depende principalmente do líquido encefalorraquidiano e da regulação dos movimentos dos líquidos pela barreira hematoencefálica. Se houver uma falha na regulação o líquido encefalorraquidiano, há passagem de líquidos para o espaço extracelular provocando edema intersticial. Este líquido é pobre em proteínas ao contrário do que acontece no edema vasogénico. Este edema surge na hidrocefalia.
O edema hiperémico é provocado pelo aumento da quantidade de sangue em determinado local ou diminuição do retorno venoso. Pode ser provocada por uma situação que antecede a uma isquémia ou inflamação.